quinta-feira, 2 de julho de 2015

Encontro Nacional dos Grupos de Agroecologia (ENGA)

O ENGA foi criado em 2009, em paralelo ao Congresso Brasileiro de Agroecologia (CBA), realizado em Curitiba (PR), evento acadêmico do campo agroecológico. A partir das experiências vivenciadas em 2009 foi criada em 2010 a Rede dos Grupos de Agroecologia (REGA). Para contar a história desse movimento conversamos com Heitor Mancini Teixeira, estudante de engenharia florestal da Universidade Federal de Viçosa (UFV), e integrante da REGA. O estudante conta que acompanha os Encontros Nacionais dos Grupos de Agroecologia (ENGAS) desde sua criação em 2009, e explica que eles surgem a partir da necessidade de articular os diversos grupos no Brasil que trabalham a temática da agroecologia. As atividades visam proporcionar a troca de conhecimentos, o afinamento das ideias e a criação de pautas únicas entre os diversos grupos.






Na entrevista a Associação Brasileira de Agroecologia (ABA) ele apresenta algumas reivindicações dos grupos

O primeiro ENGA foi organizado em Curitiba e teve como parceiro a Via Campesinacom uma participação mais forte. O encontro foi um grande sucesso apesar da falta de experiência em termos de estrutura e metodologia. Já no segundo ENGA, em Aldeia Velha (RJ).

do ponto de vista político, quais os temas debatidos nesses encontros?
Vemos a questão política de uma forma bem ampla, acreditamos que ela também está ligada ao nosso cotidiano, como a gente leva nossa vida e nossos princípios. Mas também discutimos posicionamentos políticos mais a nível nacional, como a questão da criação dos Pontos de Agrocologia nas comunidades, visando a descentralização dos recursos e maior facilidade de acesso por parte dos agricultores e da comunidade. Já há alguns anos, nossa Rede se articula com a Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), o que aumenta nossa incidência política e possibilita o contato com diversas organizações e atores políticos.

 A questão das sementes crioulas também é bastante forte dentro da Rede. Em determinados eventos, como o III Encontro Nacional de Agroecologia (ENA), realizado em Juazeiro (BA) no ano passado, nossa organização foi responsável pela Feira de Troca de Sementes, envolvendo muitos agricultores e uma grande variedade de sementes de todo o Brasil.

Como é a relação de vocês com os jovens do campo, e quais dificuldades e avanços eles enfrentam nos territórios?

Atualmente não temos muitos participantes da juventude rural que nasceu e sempre foi do campo, estamos tentando uma aproximação maior. Já tivemos relação com o MST e Via Campesina na organização dos encontros, nosso último sementário foi numa área do MST, mas ainda não tem uma grande participação. Por outro lado vemos muitas pessoas que participam da REGA e são da cidade indo ao campo, e achamos isso muito interessante. Precisamos fortalecer esse movimento de jovens que estudaram e passaram ou não por universidades e tenham essa vontade de morar no campo para produzir e muitas vezes não têm incentivos. Essa é uma pauta da REGA.

Saiba mais sobre o ENGA  http://aba-agroecologia.org.br/wordpress/?p=2199
Acessem o site da ABA - Associação Brasileira de Agroecologia

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