sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Dom Helder Câmara atenderá 5.344 famílias no Ceará



A partir de 2018, o estado cearense passará a integrar o Projeto Dom Helder Câmara. Coordenado pela Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), o projeto corresponde a ações referencias de combate à pobreza e apoio ao desenvolvimento rural sustentável no Semiárido. Na última quinta-feira (21), a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) firmou parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-CE). Com essa ação 5.344 famílias de agricultores familiares serão beneficiadas. 

 
A parceria foi assinada em ato solene no auditório Murilo Aguiar, na Assembleia Legislativa do Ceará. Serão investidos R$ 19.581.038,00 para as ações do eixo Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) que são realizadas pela Anater e serão executadas até o ano de 2020, em 102 municípios cearenses.

Ater
O eixo Assistência Técnica e Extensão Rural é coordenado pela Anater, beneficiando 35 mil famílias de agricultores de 572 municípios dos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe (Nordeste), Minas Gerais e Espírito Santo (Sudeste). Para esse eixo o investimento será de R$ 170 milhões, até abril de 2020.

Carolina Gama
Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário Assessoria de Comunicação

domingo, 19 de novembro de 2017

Incentivo a agricultura familiar, Decreto de Agroecologia e Extensão Rural

Na tarde da última quinta-feira (16), o secretário Jefferson Coriteac, da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), anunciou em cerimônia no Palácio do Buriti, em Brasília, a parceria com o Governo do Distrito Federal. Mais de R$ 1 milhão de recursos da pasta serão investidos na agricultura familiar da região. No evento, que contou com a presença do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, também foi assinado o decreto que regulamenta a Lei de Agroecologia e Produção de Orgânicos no DF (Lei nº 5.801/2017).
O valor repassado para o GDF será destinado à compra de patrulhas agrícolas, que apoiarão a estruturação produtiva de assentamentos da reforma agrária e comunidades de agricultores familiares.

Decreto de Agroecologia 
O decreto que regulamenta a Lei de Agroecologia e Produção de Orgânicos no DF (Lei nº 5.801/2017), institui uma política pública distrital e cria uma Câmara Setorial que deverá elaborar um plano de fomento e organizar o setor com o objetivo de dinamizá-lo.

“O decreto institucionaliza uma política e abre a possibilidade de maior aporte financeiro para a área como a ampliação de crédito rural para a agricultura orgânica por meio do Fundo do Desenvolvimento Rural (FDR) e a inclusão dos produtores de orgânicos nos programas de compras governamentais”, destaca o secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal, Argileu Martins.

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O presidente da Emater-DF e especialista em agroecologia, Roberto Carneiro, acredita que o decreto vai aumentar o número de agricultores interessados na transição agroecológica e na conversão para produção orgânica.

Extensão rural 
Cerca de 500 famílias da agricultura familiar também serão beneficiadas com o aporte de R$1,5 milhão do Governo Federal. Os valores liberados pela Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) são resultado da adesão da capital federal ao Pacto Nacional pelo Fortalecimento das Empresas Públicas Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater). Além do DF, serão contemplados os estados de Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia e São Paulo.

“A assinatura desse instrumento de parceria entre a Anater e a Emater-DF representa a união do Governo Federal, do Governo do Distrito Federal e da Anater numa luta comum em prol da Agricultura Familiar.

Carolina Gama
Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário
Assessoria de Comunicação

sábado, 14 de outubro de 2017

Serviços ambientais dentro e fora das propriedades agrícolas



Os gestores de terras ou regiões e os decisores políticos necessitam de medidas quantitativas em longo prazo dos níveis de rendimento e dos benefícios dos serviços ecossistêmicos, para subsidiar a tomada de decisões mais adequadas visando minimizar os impactos ambientais provocados pelo modelo de agricultura predominante.
Os benefícios de um sistema agroecológico podem não se manifestar muito rapidamente, enquanto que as práticas agrícolas intensivas mais tradicionais podem ser produtivas no curto prazo, mas prejudiciais no longo prazo, como fertilizantes que aumentam imediatamente a disponibilidade de nitrogênio para as culturas, mas não contribuem para a melhoria do solo.

Para os agricultores, é fácil de entender e lucrar com os serviços do ecossistema no local, como controle de pragas e doenças nos cultivos, polinização, melhoria da fertilidade do solo e controle de plantas espontâneas.
No futuro, será importante reconhecer o papel que os agricultores desempenham na prestação de serviços ambientais essenciais, que beneficiam os usuários locais e regionais, além das fronteiras agrícolas.
Estes “benefícios fora das propriedades agrícolas” dão suporte bens públicos mais amplos, incluindo o aumento da biodiversidade e provisão de habitats para animais, sequestro e estoque de carbono, controle de erosão, regulação do fluxo de água e purificação de água.
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Assim, são necessárias análises críticas sobre as metodologias de análises econômicas utilizadas atualmente, pois a maioria não contempla a multifuncionalidade dos sistemas agrícolas. Se os agricultores forem “reconhecidos e remunerados” apenas pelo rendimento das culturas agrícolas, então há um desencorajamento para que continuem investindo na agroecologia.
Uma maior pressão pública para reduzir os danos ambientais da agricultura pode ajudar a promover o apoio político para os sistemas de certificação agroecológica, que contemplem pagamentos por serviços ecossistêmicos ou incentivos governamentais para a gestão agrícola que aumente a prestação de serviços ecossistêmicos.

A intensificação agroecológica, quando adequadamente quantificada e aplicada, pode melhorar o rendimento dos agricultores, fortalecer os serviços ecossistêmicos que beneficiam dentro e fora das propriedades agrícolas, ou seja, à toda a sociedade.
Esta medida poderia ser uma maneira de começar atender de forma especial as crescentes necessidades de produção de alimentos para a nossa população em expansão, sem impactar negativamente o meio ambiente.
Uma postura importante nesse processo, é reconhecer e apoiar os conhecimentos tradicionais, construídos, aprimorados e passados de geração a geração, envolvendo povos indígenas, entre outras populações tradicionais, por exemplo. 

Fonte: Site do Milton Padovan. Confira a matéria na íntegra, acessando o link > http://www.miltonpadovan.com.br/2017/07/17/servicos-ambientais-dentro-e-fora-das-propriedades-agricolas/

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

IMPORTÂNCIA DA AGROECOLOGIA PARA O PRESENTE E O FUTURO

Como ciência, a agroecologia integra o conhecimento tradicional, cultural e os avanços na ecologia, agronomia, entre mais algumas ciências, e fornece ferramentas para sistemas com base nas interações da biodiversidade, melhorando a qualidade do solo e o equilíbrio biológico, contribuindo para a viabilização de melhores produtividades de cultivos e criações, favorecendo a segurança alimentar das famílias agricultoras, sem a necessidade de pacotes tecnológicos, incluindo-se insumos externos.

Os princípios da agroecologia podem ser aplicados a qualquer atividade, em pequena e grande escala, utilizando tecnologias, práticas e processos condizentes com as condições culturais, sociais e ambientais de cada lugar, região e comunidade.
Para que estas formas sejam relevantes, deve haver, prioritariamente, um processo participativo em que os agricultores e pesquisadores geram conhecimentos e desenvolvam seus próprios sistemas de produção. 

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A Agroecologia fornece as bases para uma nova agricultura, fortalecendo a biodiversidade e utilização de energia solar, por exemplo, mitigando os efeitos nefastos das mudanças climáticas, facilitando, também, o desenvolvimento de sistemas agroalimentares locais.
A agricultura de base agroecológica tem o potencial de criar arranjos ou sistemas que podem contribuir para minimizar a fome mundial e garantir a soberania alimentar nas diferentes regiões, além disso, beneficia a economia local através da venda direta dos produtos entre produtores e consumidores, favorecendo ciclos práticos para sistemas alimentares locais mais justos. 

Fonte: Site do Milton Padovan. Confira a matéria na íntegra acessando o link > http://www.miltonpadovan.com.br/2017/07/17/importancia-da-agroecologia-para-o-presente-e-o-futuro/

domingo, 8 de outubro de 2017

Audiência pelo Projeto de Integração do Rio São Francisco foi um grande passo na luta pela Segurança Hídrica



Na última sexta-feira (6) aconteceu a audiência pública de Apodi -RN através de um requerimento da Senadora Fátima Bezerra que preside a Comissão de Desenvolvimento Regional do Senado. O evento foi realizado em articulação com prefeituras, câmaras, sindicatos, ONG, OAB, UERN e outras organizações do oeste que estão no fórum oeste pela água e o fórum das águas que se uniram para defenderem a segurança hídrica da região com ações como a chegada da água do Projeto de Integração do Rio São Francisco.




O engenheiro Caramurú Paiva, assessor da Senadora e que também participa do Fórum Oeste Pelas águas esteve junto da equipe de organização do evento e avaliou os motivos do sucesso do evento.
"O problema da crise hídrica é grave e preocupa a todos. Por outro lado o potencial social do oeste é grande e isso está sendo convertido na cobrança do Estado e da classe política para anteciparem o problema. Apodi foi mais um recado e as movimentações devem se intensificarem", analisou Caramurú Paiva.

sábado, 7 de outubro de 2017

Projeto de agroecologia é apresentado em universidade do RN

A sustentabilidade é algo que deve ser buscada em todos os espaços e uma forma de ajudar a propagar esse conceito é mostrando o quanto ela é viável. Nesta quarta-feira (5), um projeto de agroecologia para agricultores familiares, financiado pela Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), foi apresentado em uma mesa-redonda da XVII Semana Universitária da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), no Campus do município Pau do Ferros. A apresentação contou com a participação de coordenadores do projeto e de agricultores beneficiados. 

Considerada uma experiência de sucesso, o trabalho prestou serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) para melhorar os sistemas de produções das famílias e, ainda, inseriu a coleta seletiva como uma atividade de renda alternativa em algumas comunidades. O investimento destinado à ação pela Sead é de R$4 milhões para três anos de acompanhamento.

 
O coordenador-geral de Fomento à Ater da Sead, Ricardo Dutra Reis, explica que o projeto faz parte de uma chamada pública de Ater Agroecológica que atendeu os municípios de Alto do Rodrigues; Apodi; Areia Branca; Assu; Augusto Severo; Baraúna; Carnaubais; Felipe Guerra; Governador Dix-Sept Rosado; Grossos; Mossoró; Pendências; Serra do Mel; São Rafael; Tibau e Upanema. A ação é coordenada na região pela Organização Sertão Verde. “São 800 famílias de agricultores contempladas pelas ações de Ater, que têm como principal objetivo a consolidação e ampliação de processos de promoção da agroecologia existentes nos municípios do lote”, reforça Reis.

Segundo o coordenador de Ater Agroecologia da Sertão Verde, Leonardo Freitas, o evento tem por objetivo estimular um debate entre a comunidade acadêmica, profissionais de Ater, ONGs e sindicatos, sobre os impactos que a transição agroecológica pode levar aos beneficiados. “Esse modelo potencializa as famílias e proporciona aos agricultores melhores condições para que possam viver com dignidade no meio rural, principalmente nos períodos de seca. Há cinco anos não temos chuvas regulares no Rio Grande do Norte, no entanto, as famílias atendidas têm uma capacidade de resiliência muito grande, sem que haja esvaziamento do campo”, comenta Freitas.

Ingrid Castilho
Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário
Assessoria de Comunicação

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Coleta de dados para Censo Agro 2017 começa em outubro

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vai a campo para identificar e conhecer as características e produção dos estabelecimentos agropecuários do Brasil. A pesquisa para o Censo Agropecuário, Florestal e Aquícola 2017 começa no dia 1º de outubro e visitará mais de cinco milhões de estabelecimentos até fevereiro de 2018. O Censo é uma das principais fontes de dados sobre a produção de alimentos no país, inclusive da agricultura familiar.

O subsecretario de Agricultura Familiar da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), Everton Ferreira, explica que para se tomar decisões e planejar políticas e programas para os produtores, é preciso conhecer a realidade do setor, se fazendo indispensáveis as informações fornecidas pelo Censo. “Ele traz dados completos da agricultura no Brasil, inclusive da agricultura familiar. É um conjunto de informações fundamentais para a gente planejar políticas públicas e programas para os próximos anos”, afirma.

Serão cerca de 19 mil recenseadores percorrendo todo o território brasileiro para coleta de dados nos 5.570 municípios. A pesquisa trará informações sobre a produção, equipamentos usados, localização, entre outros pontos. Segundo João Carlos de Lima, coordenador técnico do Censo Agro 2017 no Distrito Federal, a pesquisa traz todos os itens que foram abordados no último Censo, em 2006, quando o IBGE identificou mais de quatro milhões de estabelecimentos da agricultura familiar.

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A coleta de dados será realizada nos estabelecimentos agropecuários no território nacional, o que abrange unidades de produção ou exploração dedicada, total ou parcialmente, atividades agropecuárias, florestais e aquícolas, independentemente do tamanho e forma jurídica. “Do ponto de vista do IBGE e da sociedade é muito importante que os agricultores recebam a equipe. Eles precisam se fazer visíveis. A gente sabe que os agricultores familiares são responsáveis por uma parcela muito significativa da produção de alimentos e o Censo é uma forma de afirmar isso”, ressalta João Carlos.

Fonte: SEAD - Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário.

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Mais de 400 agricultores familiares recebem títulos de terra no RN

Apesar de estarem na terra há anos, trabalharem e investirem na produção de alimentos, muitos agricultores familiares ainda não têm o documento da terra em mãos, principal instrumento para dar segurança jurídica a eles. Mas esta é uma realidade que começa a mudar para 438 famílias do município de Poço Branco (RN). Na última quarta-feira (20), eles receberam o título de suas propriedades graças à parceria entre o governo do Rio Grande do Norte e a Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead).

Segundo Raimundo Costa, secretário de Assuntos Fundiários e de Apoio a Reforma Agrária do Rio Grande do Norte, a parceria tem tido resultados efetivos. “Estamos dando a possibilidade desses agricultores familiares, que antes tinham a posse precária da terra, de terem efetivamente o título de propriedade, com segurança jurídica do imóvel. Como eles mesmos dizem, agora eles são, de fato, os donos da propriedade deles”, observa.

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O secretário lembra ainda que está prevista a entrega de outros 122 títulos em Parazinho, no final do mês. “É uma grande vitória poder entregar esses documentos e aumentar as possibilidades dessas famílias. Quando o esforço parte de dois governos, o resultado, em termos de oportunidades para os agricultores, duplica. Isso consolida e materializa frutos importantes para a agricultura”, aponta Raimundo. 

De acordo com dados da Secretaria de Assuntos Fundiários do estado, mais de 2 mil títulos já foram entregues na região. O delegado federal do Desenvolvimento Agrário do RN, Kleber Pinto, representante da Sead no estado, ressalta que a regularização fundiária ajuda o agricultor, principalmente, no acesso às políticas públicas. “O título é uma porta que dá acesso aos diversos programas da Sead, como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), por exemplo. Não é só a questão de ter a terra, mas também de ajudar o produtor a desenvolver seu trabalho e da família e, claro, melhorar a renda deles”, explica Kleber. 

Fonte:SEAD - Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvovlimento Agrário. Confira a matéria na íntegra acessando  o link >>> http://www.mda.gov.br/sitemda/noticias/mais-de-400-agricultores-familiares-recebem-t%C3%ADtulos-de-terra-no-rn

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Agricultura Familiar - Portaria define mudanças para o Pronaf Mais Alimentos

Portaria publicada na manhã desta quarta-feira (6), no Diário Oficial da União, define novas regras para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), na linha Mais Alimentos. De acordo com as mudanças, a partir de agora, o agricultor terá um percentual mínimo de 5% de desconto na aquisição de máquinas e implementos agrícolas. Além disso, também foram definidas alterações no atual sistema eletrônico de cadastramento dos produtos, que passará a ser mais completo e menos burocrático.

O Mais Alimentos é uma das 17 linhas vinculadas ao Pronaf e tem o objetivo de incluir máquinas e equipamentos no universo da agricultura familiar, a condições de créditos diferenciadas do mercado. Na safra 2016/2017, de cada dois tratores e meio adquiridos pela produção familiar no país por meio de financiamentos, um foi pelo Programa Mais Alimentos da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead).
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A intenção agora, com as alterações no programa, é facilitar ainda mais o acesso dos agricultores. Segundo o diretor do Mais Alimentos, Guilherme Menezes Martinelli, até então, os descontos efetivados pelo programa eram flutuantes, variavam de acordo com o segmento do produto. No entanto, com a portaria, nenhum agricultor poderá ter um desconto menor do que 5%. “Em alguns casos, o agricultor tinha 2%, 3%, em outros, 20%. Os descontos poderão ser maiores do que 5%, no entanto, nunca menores. Isso é bom porque agora fica claro para o agricultor e ele terá, além da qualidade do produto, com preço abaixo do mercado, mais transparência no processo”, explica Martinelli.

Os equipamentos à disposição dos agricultores são cadastrados no site do Mais Alimentos, dentro do portal da Sead e tem um código que permite seu financiamento no agente financeiro. Agora, além disso, terão descrição detalhada, marca, modelo, com fotos e especificações técnicas relevantes ao equipamento, junto aos preços praticados no Mais Alimentos.

Camila Costa
Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário
Assessoria de Comunicação
Contatos: (61) 2020-0128 / 0127

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Novo modelo de gestão do PNCF é implantado em Pernambuco

Com o objetivo de fortalecer o Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF), serão estruturadas unidades gestoras nas Delegacias Federais de Desenvolvimento Agrário (DFDAs), que são as representantes estaduais da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Agrário (Sead). Dos 21 estados em que o programa é executado, Pernambuco é o primeiro a discutir o modelo de gestão e execução do PNCF de forma compartilhada.

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Para isso, Raquel Santori, titular da Subsecretaria de Reordenamento Agrário (SRA), órgão gestor do programa, visitou a capital, Recife, nos dias 31 de agosto e 1º de setembro, a fim de estruturar a unidade juntamente com o delegado federal da DFDA-PE, Rodrigo Almeida.

Antes, o programa era executado de forma descentralizada por meio de instrumento de cooperação técnica com o Instituto de Terras e Reforma Agrária do Estado de Pernambuco (Iterpe), que tinha a responsabilidade executora do programa, que agora passa a ser compartilhada. “Descentralizamos o PNCF, mas não a nossa responsabilidade como órgão gestor”, enfatiza a subsecretária. 

A reorganização do programa em relação ao fluxo de tramitação das propostas e gestão do programa nos estados está sendo feita mediante envolvimento dos atores que integram a parceria entre o Governo Federal, governos estaduais e municipais, juntamente com movimentos sociais.

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De acordo com a subsecretária, Pernambuco tem potencial para estimular e ampliar novas demandas de acesso ao crédito, considerando mais de mil famílias cadastradas no sistema. Número ainda pequeno, se comparado com a demanda apresentada por outros estados nordestinos. “Com essa nova gestão, a DFDA-PE passa a priorizar o crédito fundiário dentro do universo de políticas públicas para o estado. O acesso à terra é o ponto de partida para que o agricultor tenha emancipação financeira e social”, diz o delegado Rodrigo Almeida.  

O PNCF, criado a partir da Lei Complementar número 93/1998, incorporou famílias do Programa Banco da Terra e Cédula da Terra, e tem sido uma alternativa complementar à reforma agrária, para que trabalhadores e trabalhadoras tenham acesso à terra em condições e juros subsidiados, a 0,5% a 2%.

“Pretendemos ampliar as demandas, com base nos novos limites de renda, patrimônio e teto do financiamento”, enfatiza Raquel Santori. A subsecretária reforça a importância das parcerias como arranjos fundamentais no fortalecimento do programa nos estados.

Fonte: Portal do MDA - Secretaria Especial de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Agrário. Confira a matéria na íntegra, acessando o link http://www.mda.gov.br/sitemda/noticias/novo-modelo-de-gest%C3%A3o-do-pncf-%C3%A9-implantado-em-pernambuco

segunda-feira, 31 de julho de 2017

Agricultores apostam em minhocários na produção de adubo

Utilizar os recursos naturais para cuidar da plantação é uma alternativa para quem quer produzir de forma sustentável. O uso de minhocas para produzir adubo, por exemplo, é uma das estratégias utilizadas em Capão do Leão, município do Rio Grande do Sul (RS). A prática, além de sustentável, é econômica e traz benefícios para o alimento e o bolso do agricultor familiar.

Ricardo da Rosa produz este tipo de fertilizante desde 2010. O adubo é aplicado, principalmente, na plantação de morangos, um investimento da família há 17 anos. “Eu não conhecia essa prática. Ganhei as primeiras minhocas da Embrapa para fazer a experiência com os meus morangos e, agora, as minhocas são as minhas principais matérias-primas”, conta.

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O produtor se surpreendeu positivamente com a nova técnica e já utiliza o mesmo processo na plantação de hortaliças. Segundo Ricardo, o trabalho é simples e um dos facilitadores é poder utilizar produtos da propriedade, sem custo algum. “A rotina é basicamente trazer o esterco seco da vaca e abastecer. Elas produzem o adubo”, relata.

Raquel Martins, da Coordenação-Geral de Agroecologia e Produção Sustentável da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), ressalta que a utilização de minhocas é uma ótima alternativa. “Eles usam os resíduos da produção e convertem em um adubo que é, inclusive, orgânico. Além de economizarem, ao fazer o próprio adubo, eles aproveitam ao máximo tudo o que plantam”.

Em Capão do Leão, a novidade tem feito a diferença na renda da família Rosa. “Não preciso comprar adubo químico, poupo dinheiro e ainda valorizo o meu produto, por conta da forma sustentável que está sendo feita”, afirma o agricultor. Ricardo destaca ainda que a plantação de morango é uma vitória, conquistada a partir do cuidado diferenciado com o solo. Os novos comportamentos têm diversificado a produção da região, antigamente voltada para a cultura do arroz.

Prático e barato
De acordo com o engenheiro agrônomo e pesquisador da Embrapa, Gustavo Schiedeck, para fazer um minhocário basta ter as minhocas e os alimentos de qualidade ao longo do ano, como estercos e restos vegetais. “A falta de alimento em determinados momentos é um fator crítico, pois as minhocas tenderão a fugir em busca de comida. Assim, eu diria que o mais importante é ter alimento de qualidade à disposição”, aconselha.

A construção do minhocário pode ser feita com materiais disponíveis em propriedades rurais, como tábuas, tijolos, telhas, pedras e bambus, para delimitar o espaço e, quando necessário, cobrir o minhocário para evitar a chuva e o sol.

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Gustavo afirma que o tamanho do espaço dependerá da quantidade de minhocas. Um espaço pequeno, de até 1 metro de largura, por exemplo, precisaria, segundo o engenheiro, de aproximadamente três carrinhos de mão de esterco de vaca e cerca de 1,5 litro de minhocas – de 2 a 3 mil unidades. Ele explica ainda que o minhocário deve ser construído em um espaço que não acumule água e possa ser protegido do sol, pelo menos entre as 11h e 14h, período mais quente do dia. “Uma indicação boa é construir na sombra de uma árvore. Se não tiver como fazer um telhado, o minhocário pode ser protegido com folhas de palmeira, pedaços de sombrite ou uma tampa com bambu. O plástico também pode ser utilizado, desde que fique em uma altura acima de 1m do minhocário. Caso contrário, pode esquentar e/ou dificultar a respiração das minhocas”, assegura.

Fonte: Site da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário. Conifra a matéria completa na íntegra; acessando o link http://www.mda.gov.br/sitemda/noticias/agricultores-apostam-em-minhoc%C3%A1rios-na-produ%C3%A7%C3%A3o-de-adubo

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Mercado de orgânicos pode ser estratégico para o Brasil

Os dois principais consumidores de alimentos livres de agrotóxicos produzem 33% dos produtos consumidos em um mercado que movimenta cerca de US$ 43,3 bilhões nos Estados Unidos e US$ 31,1 bilhões na Europa, com destaque para hortaliças, frutas, alimentos para bebês e substitutos da carne. Os dados, de 2015, são de duas instituições europeias: FiBL (Research Institute of Organic Agriculture) e IFOAM (International Federation pf Organic Agriculture Movements).

“O Brasil tem reconhecida competência técnica e forte participação nos mercados internacionais de soja e milho convencionais. Em se tratando de orgânicos, se superados os gargalos de produção, poderíamos assumir uma posição de protagonismo no cenário mundial”, descreve Carlos Thomaz Lopes, sócio-gerente da empresa Grãos Orgânicos, licenciada da Embrapa para a produção da cultivar de milho BRS Caimbé.

No Brasil, segundo dados do Centro de Inteligência em Orgânicos, da SNA (Sociedade Nacional de Agricultura), a área plantada com orgânicos chega a 750 mil hectares, sendo que o País ocupa a 12ª posição entre os principais produtores e a quinta posição entre os países emergentes, atrás de Uruguai e Argentina. “Estima-se que o mercado apresenta crescimento de 20% ao ano. Hoje são 11.800 produtores certificados e as vendas totais chegaram a R$ 2,5 bilhões em 2016”, apresenta Thomaz.

Em se tratando de milho, o empresário afirma que a área plantada estimada está em 3.300 hectares, o que representa apenas 0,018% das lavouras ocupadas pelo cereal no País. “Nos Estados Unidos, essa relação é 10 vezes maior. No Brasil, o avanço da produção de grãos orgânicos ainda enfrenta resistência por receio dos produtores em relação à conversão da produção convencional para o modelo orgânico”, explica.

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A produção orgânica é normatizada por Lei Federal (Instrução Normativa Nº 46 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). Segundo Rogério Dias, coordenador de Agroecologia do Mapa, a carência de cultivares apropriadas para o sistema orgânico de produção é o maior problema enfrentado pelos agentes que atuam na cadeia de orgânicos. “Temos que fortalecer instituições que trabalham com melhoramento, já que existe a necessidade de adaptação das sementes em nível regional, e motivar agricultores que queiram ser multiplicadores dos materiais dentro do sistema orgânico. É uma questão estratégica, de segurança nacional”, explica.

sábado, 22 de julho de 2017

Delegados federais da Sead discutem Plano Safra

O Plano Safra da Agricultura Familiar 2017/2020 foi o tema do último dia de reuniões entre a Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead) e as Delegacias Federais do Desenvolvimento Agrário (DFDAs). Entre os dias 17 e 20 de julho, os delegados federais, representantes da Sead nos estados, estiveram reunidos em Brasília (DF) com o objetivo de discutir as políticas públicas da pasta e a participação e forma de atuação das delegacias em suas regiões.

Nessa quinta-feira (20), a apresentação ficou por conta da Subsecretaria de Agricultura Familiar (SAF), que levou sua equipe para falar sobre os eixos do Plano Safra, lançado no final de maio. Foram abordados temas como Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e as políticas que asseguram a produção, Regulamentação da Lei da Agricultura Familiar, Comercialização, Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), entre outros.

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Segundo Everton Ferreira, subsecretário da SAF, a Sead atua muito na oferta de oportunidades, organizando os agricultores familiares para atenderem ao mercado. “A discussão sobre as demandas é muito local, regional, e temos as delegacias para nos ajudar no direcionamento das ações”, afirmou Everton, completando que, principalmente nas áreas de comercialização e agroindústria, a Secretaria sempre consulta as DFDAs para alinhar onde deve atuar.

Nos próximos dias, o Plano Safra será lançado nos estados. O coordenador nacional das delegacias federais da Sead, Carlos Astolfo, disse que a apresentação da SAF foi fundamental para capacitar os delegados e servidores participantes do evento sobre a temática. “Esses dias em que estivemos reunidos foram momentos de interação dos representantes da Sead nos estados com as diversas subsecretarias da Sead, além de possibilitar a integração, a troca de experiências e a confraternização entre os participantes”.

Fonte: Site do MDA - Ministério do Desenvovlvimento Agrário. Confira a matéria completa na íntegra, acessando o link >>> http://www.mda.gov.br/sitemda/noticias/delegados-federais-da-sead-discutem-plano-safra

quarta-feira, 19 de julho de 2017

Com produção agroecológica, agricultor aumenta a biodiversidade na sua propriedade

A palavra agroecologia está ganhando cada vez mais espaço na agricultura familiar. A saúde, a qualidade de vida e um produto mais valorizado têm incentivado os agricultores a deixarem produções convencionais e investirem na produção agroecológica. Mas os benefícios não param por aí. A produção livre de agrotóxico também ajuda na preservação da biodiversidade da localidade.

A plantação do agricultor familiar José dos Santos, de 36 anos, do município de São Sebastião (AL), ganhou o cantar dos pássaros e a presença de novos bichos, depois que deixou de lado o uso de agrotóxico. Ele conta que além de alegrar o seu dia de trabalho, os bichinhos também ajudam no combate às pragas, ao comerem alguns insetos que aparecem na plantação.

José ainda deixa claro que, com a produção agroecológica, ele está cuidando da saúde dele, dos consumidores e dos pássaros que marcam presença na propriedade. “É divertido trabalhar vendo os pássaros cantando. Isso é saudável para mim e para eles também. Te garanto que os insetos que os pássaros comerem, se nasceram aqui, não têm nada químico”, brinca José.

O agricultor passou a produzir de forma agroecológica incentivado pela Emater de Alagoas. “Antes eu trabalhava com o convencional. Trabalhava de qualquer jeito. A Patrícia me encontrou na feira e me convidou para participar de cursos sobre agroecologia”, lembra.

 Com produção agroecológica, agricultor aumenta a biodiversidade na sua propriedade
Patrícia Marques, a extensionista que incentivou José a mudar a maneira de cultivar os alimentos, explica que sempre aconselha os agricultores a produzirem de forma agroecológica. Para ela, a forma de produção conta muito no produto final e na qualidade de vida do próprio agricultor. “Ele vai trabalhar respeitando o meio ambiente e ele próprio. Além de plantar, eles também consomem esses alimentos. A agroecologia vem para conservar o ambiente e a saúde do agricultor e da família dele”, ressalta. Ela ainda afirma que é possível ver a mudança da qualidade da área de trabalho do José. “Aumentou a biodiversidade aqui. A área que ele trabalha voltou a ter vida”.

Cuidar da base da plantação e da diversidade de alimentos, que é o solo, também tem sido algo levado em consideração na escolha da migração para o agroecológico. Além disso, José passou a investir também na diversificação da produção. A plantação que era apenas de mamão e macaxeira, hoje tem alface, couve, cebolinha, entre outras hortaliças, além de diferentes frutas.

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A agricultura familiar e a produção sustentável
Segundo o coordenador geral de Agroecologia e Produção Sustentável da Secretaria Especial da Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), Marco Pavarino, a agricultura familiar tem sido essencial na produção agroecológica. “A gente percebe que grande parte da produção agroecológica vem das propriedades familiares. Esse conjunto de sistemas produtivos mais sustentáveis, de uma diversidade de alimentos mostra que a agricultura familiar tem um papel fundamental para o desenvolvimento sustentável”, afirma.

Para auxiliar os agricultores familiares que queiram migrar para a produção agroecológica, o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), tem uma linha de crédito especifica para esse público. O Pronaf Agroecologia financia investimentos dos sistemas de produção agroecológicos ou orgânicos, incluindo custos relativos à implantação e manutenção do empreendimento.

Fonte: Assessoria de Comunicação Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário. 

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