terça-feira, 28 de março de 2017

Agricultura Familiar - CAMEX Câmera de Comércio Exterior

A Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead) retomou o seu espaço nas discussões dos Grupos Técnicos da Câmara de Comércio Exterior (Camex).
O órgão é integrante do Conselho de Governo da Presidência da República e tem por objetivo a formulação, adoção, implementação e coordenação de políticas e atividades relativas ao comércio exterior de bens e serviços.

A retomada deste espaço recoloca a Sead na condição de contribuir para a defesa dos interesses da agricultura familiar e das políticas públicas para o desenvolvimento rural, no âmbito da política brasileira de comércio exterior e nas negociações comerciais internacionais.

 Imagem relacionada

Para Hur Ben Corrêa da Silva, coordenador geral de Assuntos da Agricultura Familiar e Cooperação Internacional, a notícia é extremamente positiva: “Voltar a atuar na Camex recoloca a Sead na condição de influenciar tanto as medidas que protegem a produção familiar quanto a entrada de produtos que venham competir ou distorcer o mercado interno”, diz.

 Resultado de imagem para camex


A Sead conta com uma equipe de analistas em comércio exterior que atua nos grupos técnicos da Camex nos temas ligados à Tarifas de Defesa Comercial; Contratações Públicas e ao Programa Mais Alimentos Internacional. Leonardo Recupero, economista da Sead que atua na área, exemplifica a atuação na temática de Tarifas e de Defesa Comercial: “A defesa dos produtos sensíveis da agricultura familiar ao comércio internacional inclui o vinho na Lista de Exceção da Tarifa Externa Comum do Mercosul (LETEC); a renovação do direito antidumping às importações de alho da China, e outros que são defendidos com medidas aprovadas na Camex, tais como, produtos lácteos, de pêssegos e de oleaginosas”, explica.


FONTE: Portal do MDA - Ministério do Desenvolvimento Agrário. Confira a matéria na íntegra; Acessando o link >>> http://www.mda.gov.br/sitemda/noticias/agricultura-familiar-recupera-seu-espa%C3%A7o-na-camex

quinta-feira, 16 de março de 2017

Mulheres rurais recebem minicurso pela Emater-RN

As agricultoras familiares da Agrovila Angico, no município de Baraúna-RN, estão sendo capacitadas por meio do Projeto Sustentabilidade, Empoderamento e Alternativa de Renda, ação desenvolvida pela Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Norte (Emater-RN). O minicurso semanal, iniciado dia 16 de fevereiro, é dado para 25 mulheres até o dia 5 de abril.
 
O conteúdo multidisciplinar, dividido em seis módulos, contempla o papel da mulher na sociedade atual e autoestima feminina, alimentação saudável, aproveitamento integral dos alimentos, educação ambiental, reciclagem, fabricação de produtos de limpeza e de tinta de parede. E o sucesso é tanto que já existe uma demanda de mulheres de outros assentamentos querendo a mesma capacitação.

As participantes do minicurso fazem parte da Associação dos Produtores Rurais de Angico (Apra), no assentamento de Maísa, que fica a aproximadamente 300 km da capital, Natal. Lá, cerca de 100 mulheres se dividem entre a produção de fruticultura no campo e a contribuição familiar doméstica.

Resultado de imagem para emater rn

Para a presidente da associação, Maria Gilene, que participa da atividade, o curso traz mais estima e independência para as mulheres. “É uma forma também de trabalhar a economia doméstica. Nós estamos muitos satisfeitas e felizes com essa contribuição”, explica.

O técnico em agropecuária da Emater-RN Marcos Fábio de Oliveira, que ensina a fabricação de produtos como sabão, diz que esta é uma alternativa para economizar com a aquisição de produtos industrializados e utilizar insumos que existem no próprio meio, como o mamão e melão.

FONTE: Site do MDA - Ministério do Desenvolvimento Agrário. Confira a matéria na íntegra; acessando o link >>> http://www.mda.gov.br/sitemda/noticias/mulheres-rurais-recebem-minicurso-pela-emater-rn

domingo, 12 de março de 2017

Consumidores tornam-se parceiros da agricultura familiar

Com mais de 70 unidades espalhadas pelo país, as Comunidades que Sustentam a Agricultura (CSAs) colhem frutos por onde passam. Proposta originária da Alemanha, no final do século 19, baseada no conceito de Agricultura Solidária, a CSA se apoia em uma parceria mútua entre quem planta e quem consome. Somados a este princípio, estão a produção orgânica e o escoamento de alimentos de forma direta.
 
Internacionalmente conhecido pelo nome Community Supported Agriculture, o conceito reverberou no Fórum Mundial de Porto Alegre de 2011. No mesmo ano, foi criada a CSA Brasil, que deu início à formação e à divulgação da proposta. Hoje, as CSAs estão presentes em oito estados (AM, PE, MS, RJ, SP, SC, PR e RS) e no DF, onde já foram contabilizadas, pelo menos, 21 Comunidades que Sustentam a Agricultura.

Imagem relacionada

Como funciona

Para fazer parte de uma CSA, há uma relação de parceria e confiança entre os participantes. De um lado, o agricultor levanta seu custo anual, ou semestral, tais como: impostos, custo com água, transporte para entrega, adubo orgânico, etc. Do outro lado, os membros da comunidade assumem o financiamento coletivo da produção. 

Resultado de imagem para Comunidades que Sustentam a Agricultura (CSAs)

Dessa forma, o agricultor assume o compromisso de uma produção agroecológica necessário ao consumo próprio e das famílias que fazem parte da CSA. E, como não há consumidor, e sim coagricultor, os demais membros assumem uma postura ativa e não passiva diante da produção e da colheita. São distribuídas tarefas para que os coagricultores se responsabilizem pelo funcionamento da comunidade. Entre algumas tarefas estão: administrar as finanças, ajudar na comunicação e auxiliar na montagem das cestas de alimentos.

FONTE: Site do MDA - Ministério do Desenvolvimento Agrário - Confira a matéria na íntegra; acessando o link >>> http://www.mda.gov.br/sitemda/noticias/consumidores-tornam-se-parceiros-da-agricultura-familiar

sábado, 11 de março de 2017

Transição agroecológica: uma mudança possível e produtiva

Quando o agricultor familiar Valdir Manuel de Oliveira resolveu fazer, em 2007, a transição agroecológica no sítio Vida Verde, no Núcleo Rural Boa Esperança, a 49 quilômetros de Brasília (DF), ele sofreu preconceito. Agricultores vizinhos, descrentes de que a mudança renderia produtividade, zombaram da iniciativa do produtor. Até que Valdir procurou o acompanhamento da Emater-DF e fez o curso de transição agroecológica. Hoje, ele é referência e escola a campo aberto para outros produtores. Valdir também é um reflexo do atual cenário de produção orgânica no Brasil.

Pensando em agricultores como Valdir, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) levantou indicadores ambientais e financeiros para quem pretende fazer a transição agroecológica. A pesquisa faz parte do projeto Transição Produtiva e Serviços Ambientais, que teve início em 2013, e é feita em conjunto com agricultores familiares e médios produtores dos quatro biomas brasileiros: Amazônia, Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica. 

Resultado de imagem para TRANSIÇÃO AGROECOLOGICA

“A ideia é produzir material tanto científico e de orientação, mas toda a concepção do projeto, e regras do desenho, foram feitas em áreas de produtores. Da mesma forma, a construção do conhecimento é feita com eles. Os agricultores são protagonistas neste processo, inclusive porque podem replicar esse conhecimento em associações, cooperativas, escolas e por aí vai”, explica o coordenador geral do projeto e coordenador da Embrapa Cerrados, Luciano Mattos.

Para Seu Valdir, uma peça fundamental para a mudança foi a assistência da Emater. Quem o acompanhou de perto foi o extensionista Aécio Prado, da Emater-DF. “O agricultor sofre nesta transição. Ele muda totalmente o manejo da propriedade e não pode aplicar um insumo químico. Às vezes a mão de obra aumenta, ele tem que fazer capinas manuais. Então, os colegas do Valdir, que produzem de forma convencional, olhavam-no de forma atravessada, achando que ele iria falir, porque Valdir era um produtor convencional forte”, recorda Aécio Prado.

No manejo das unidades de produção agroecológicas e orgânicas, os agricultores familiares se valem do enfoque sistêmico, privilegiando a conservação ambiental, a biodiversidade, os ciclos biológicos e a qualidade de vida. Nele, os produtos agroecológicos e orgânicos são cultivados como um sistema vivo e complexo, em que coexistem vários tipos de plantas, animais, microorganismos e minerais.

Pronaf Agroecologia

Nos últimos anos, a procura pela implantação de um sistema agroflorestal de cultivo tem aumentado. “Não na velocidade que alguns técnicos gostariam ou que a população necessite, mas temos um número cada vez maior de produtores preocupados com o uso excessivo de agrotóxicos”, observa o extensionista Aécio Prado.

No caso do Seu Valdir, o novo sistema possui não só uma rotação de cultura, quebra vento e manejo correto do solo, mas também outras práticas agregadas. “O resultado é um benefício geral: ambiental, social e econômico”, complementa Aécio Prado.

As linhas de financiamento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) para sistemas de produção de base agroecológica ou orgânicos têm um papel importante para viabilizar um modelo de produção mais sustentável pela agricultura familiar. “Neste sentido, a linha Pronaf Agroecologia é uma conquista dos agricultores familiares e dos produtores orgânicos. Essa linha possibilita o financiamento de atividades voltadas para a transição agroecológica e também para a produção orgânica pelos agricultores familiares”, reforça Marco Pavarino.

 Resultado de imagem para pronaf agroecologia

Como acessar

A linha de crédito de investimento para agroecologia (Pronaf Agroecologia) é concedida a agricultores familiares que possuem a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) ativa e que apresentarem projeto técnico para sistemas de produção de base agroecológica, ou em transição para sistemas de base agroecológica.

O financiamento do Pronaf Agroecologia pode incluir os custos relativos à implantação e manutenção do empreendimento em até 35% do valor financiado, para linha de investimento. O limite por beneficiário é de até R$ 150 mil a cada ano agrícola, podendo chegar até R$ 300 mil, para atividades de suinocultura, avicultura e fruticultura.

O prazo de reembolso é de até 10 anos, incluídos até três anos de carência. Os encargos financeiros são de 2,5% ao ano. O projeto deve, obrigatoriamente, ser assinado por um técnico credenciado no agente financeiro. O técnico que elabora o projeto deve prestar a assistência técnica pelo período necessário para a sua completa e efetiva implantação.

FONTE: Site do MDA - Ministério do Desenvolvimento Agrário. Confira a matéria na íntegra; acessando o link >>> http://www.mda.gov.br/sitemda/noticias/transi%C3%A7%C3%A3o-agroecol%C3%B3gica-uma-mudan%C3%A7a-poss%C3%ADvel-e-produtiva

quarta-feira, 1 de março de 2017

Agricultura Familiar - ASA - Articulação do Semiárido Brasileiro

Em 2007, a construção de tecnologias sociais para a produção de alimentos no Semiárido brasileiro ganhou escala com o início da ação do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) da ASA. Uma década depois, 136 mil famílias agricultoras, segundo dados do Governo Federal, guardam água da chuva - em reservatórios como cisternas-calçadão, barragens e barreiros - que antes seria desperdiçada pela falta de estrutura para armazená-la. Com esse estoque, as famílias se mantêm produtivas no período seco, inclusive, nas longas estiagens como a atual, que se estende por seis anos. Os alimentos são produzidos para autoconsumo e o excedente é comercializado, gerando renda.

Das 136 mil famílias agricultoras com as tecnologias de segunda água em todo o Semiárido, 69,7% foram atendidas diretamente pelo P1+2. Boa parte das demais famílias (as 30% restantes) foi contemplada com as tecnologias disseminadas pelas organizações da ASA via convênios com os governos estaduais utilizando a mesma metodologia do programa. Atualmente, estima-se uma demanda reprimida de 900 mil famílias agricultoras.
 Resultado de imagem para cisternas asa

Conhecimento - Apesar das tecnologias terem um papel extremamente importante e impactante para a segurança alimentar das famílias difusas do Semiárido rural, um dos grandes trunfos da metodologia do P1+2 é o estímulo à construção de conhecimentos vindos dos próprios agricultores e agricultoras. Desconsiderada pela educação formal, essa sabedoria popular é um dos grandes tesouros que se multiplica e ganha força no programa.

São vários os momentos em que isto acontece: quando os agricultores e agricultoras se encontram nos cursos de formação sobre diversos assuntos relacionados com a convivência com o Semiárido, quando vão para os intercâmbios intermunicipais e interestaduais e quando têm sua experiência de vida sistematizada e transformada em boletins impressos numa tiragem de mil exemplares que são distribuídos pela família e se espalham por todo o Semiárido.

Fonte: Site da ASA - Articulação do Semiárido Brasileiro. Confira a matéria na íntegra, acessando o link >>> http://www.asabrasil.org.br/noticias?artigo_id=10084

Sementes crioulas: verdadeiros patrimônios genéticos

Agricultoras e agricultores familiares de todo Brasil contribuem de diversas maneiras para a preservação da agrobiodiversidade. Uma das prin...