quinta-feira, 24 de março de 2016

Agroecologia será prioridade em Ater

Sob o lema Agroecologia e Alimentos Saudáveis, a 2ª Conferência Nacional Temática de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) e Meio Ambiente terminou, nesta quarta-feira (23/03), com 30 propostas para a etapa nacional, que será realizada de 31 de maio a 3 de junho, em Brasília. A conferência temática durou três dias e contou com a participação de cerca de 130 representantes de povos e comunidades tradicionais além de movimentos sociais que atuam na área ambiental e governo. 

“Estamos aproximando Ater e ações do Ministério do Meio Ambiente para disseminar a nova agenda do desenvolvimento sustentável, que passa pelas mudanças climáticas, vividas na pele por homens e mulheres do campo, e pela valorização da biodiversidade”, destacou o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA, Carlos Guedes de Guedes. 
De acordo com o secretário, a Ater leva o proprietário rural a olhar para a propriedade como um todo, a buscar formas de tornar a área mais produtiva e não necessariamente mais degradada. Guedes também destacou que, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Ater melhora a qualidade de vida dos produtores e aumenta a produtividade. 

 

AGROECOLOGIA
Como fazer a transição para a agroecologia? Como melhorar a qualidade de vida dos produtores rurais e dos alimentos consumidos no Brasil? Essas foram as questões norteadoras do evento, movido pela necessidade de preservar os ecossistemas e os recursos naturais frente às políticas agrárias praticadas no Brasil.
O evento compôs a mobilização para a 2ª Conferência Nacional de Ater que, desde o segundo semestre de 2015, já reuniu, em outras etapas preparatórias, 33 mil pessoas em todo o país. 

RESULTADO
As 30 recomendações elaboradas durante a conferência temática de meio ambiente irão compor as recomendações da Conferência Nacional de Ater. “Foi um esforço do MMA para que o meio ambiente tivesse um peso estratégico”, explicou o diretor de Combate à Desertificação do MMA, Francisco Campello. 
Confira três das 30 recomendações:
1.       Ater precisa ter inserção nas bacias hidrográficas do Brasil, com foco na recuperação de áreas, uso sustentável do solo e da floresta, visando a segurança alimentar e hídrica;
2.       É urgente implementar sistema de crédito diferenciado para incentivar a produção agroecológica;
3.       Povos e comunidades tradicionais precisam de sistema permanente e diferenciado para atender suas especificidades.

 
BOLSA VERDE    
Atualmente, o MMA executa nove políticas que juntam Ater e meio ambiente. Entre elas, o programa de Programa de Apoio à Conservação Ambiental Bolsa Verde, em que famílias que vivem em extrema pobreza e moram áreas de proteção ambiental recebem capacitações agroambientais e uma bolsa de R$ 300 a cada trimestre por dois anos. Trata-se de uma forma de melhorar a condição de vida da população e conservar os recursos naturais.


Acessem o Site do Ministério do Meio Ambiente; Link da Matéria: http://www.mma.gov.br/index.php/comunicacao/agencia-informma?view=blog&id=1501


quarta-feira, 23 de março de 2016

Seca histórica faz governo do RN renovar emergência em 153 cidades

O governo do Rio Grande do Norte renovou, por mais 180 dias, a situação de emergência no qual se encontram 153 dos 167 municípios do estado – o equivalente a 91,6% das cidades potiguares. O motivo? A seca histórica, a pior dos últimos 100 anos, que assola o sertão potiguar desde 2011. A prorrogação do decreto foi publicada na edição desta terça-feira (22) do Diário Oficial do Estado. Este é o terceiro decreto, sendo o segundo de renovação.

O decreto também cita alguns dos prejuízos causados pela longa estiagem. De 2012 a 2015, por exemplo, o estado perdeu mais de 135 mil cabeças de gado. Já no período entre 2012 e 2014, ainda segundo o documento, houve uma redução de 65,79% na produção de grãos (milho, arroz, feijão e sorgo).

 

Dispensa de licitação
Durante o período em que persistir a situação de emergência, poderá o estado contratar com dispensa de licitação obras e serviços que se mostrarem aptos a aliviar as consequências provocadas pela estiagem.

 

Colapso
Em meio aos 153 municípios em situação de emergência,17 cidades estão em colpaso, ou seja, água só com a ajuda de caminhões pipa ou de poços artesianos. E em 74 municípios, é o rodízio no abastecimento que ainda garante água nas torneiras.

Previsões pessimistas
O Instituto de Gestão de Águas do Rio Grande do Norte (Igarn) divulgou nesta segunda-feira (21) o último balanço dos níveis das barragens e açudes que o órgão monitora em todo o estado. Ao todo, são 47 reservatórios. Atualmente, 11 deles estão completamente secos e outros 14 encontram-se no volume morto – como é chamada a reserva técnica que fica abaixo do nível das comportas. A análise ainda traz previsões pessimistas. Caso a estiagem persista, por exemplo, apenas um reservatório deverá manter-se com água até 2019: a barragem de Santa Cruz, que fica na região Oeste do estado.


INFO: G1 RN - Link da matéria: http://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2016/03/seca-historica-faz-governo-do-rn-renovar-emergencia-em-153-cidades.html

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