sábado, 31 de março de 2018

Água e produção agroecológica são pautas de evento que reúne organizações e agricultores/as em Alagoas

“Água é um direito, não uma mercadoria!”; “Sementes que se plantam rumo ao IV Encontro Nacional de Agroecologia (ENA)”, e a feira agroecológica da agricultura familiar foram as principais pautas da primeira reunião ampliada da Articulação Semiárido Alagoano (ASA/Alagoas), deste ano. O evento reuniu agricultores, agricultoras, técnicos, comunicadores (as) populares e os integrantes da coordenação da rede ASA que discutiram a partir destes temas políticas públicas para convivência com o Semiárido. O evento aconteceu na Associação de Agricultores Alternativos (AAGRA), em Igaci-AL, nos dias 22 e 23 de março.

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Foram dois dias de troca de conhecimento sobre questões socioambientais, dentro da conjuntura em que vive o país e principalmente a agricultura familiar. O representante da ASA/Alagoas, Ronivom Nascimento disse que “a gente precisa se conscientizar que o governo está tirando o pouco que temos e transferindo para o grande. Já foram cortados 95% dos recursos destinados para os programas sociais”.
Ele destacou também a situação do rio São Francisco que foi impactado com a obra de transposição e encontra-se agonizando. Além da reflexão sobre a situação do Velho Chico, outros participantes avaliaram o cenário das nascentes e rios no Estado.

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Programas sociais
Os Programas desenvolvidos pela ASA Brasil têm contribuído para fortalecer a agricultura familiar e a produção de alimento. Segundo a agricultora familiar Vera Lúcia da comunidade Barro Branco em Inhapi: “antes de conquistar  a cisterna para água de beber era uma vida muito difícil, porque não tinha um local para armazenar a água. A gente pegava água para beber em barreiros e a qualidade era péssima. Agora melhorou cem por cento com a cisterna, porque tenho água de beber e de produzir. A cisterna de 52 mil litros é boa para minha produção, porque consigo ganhar um dinheiro extra com o que produzo”.  

ASA - Articulação do Semiárido Brasileiro. Confira a matéria na íntegra, acessando o link > http://www.asabrasil.org.br/noticias?artigo_id=10478

sábado, 3 de março de 2018

Projeto D. Helder Câmara renova a esperança no Semiárido



No final de 2017, cerca de 32 mil agricultores familiares de 667 municípios do Semiárido brasileiro passaram a receber assistência através do projeto D. Helder Câmara (PHDC). Em sua segunda fase, o projeto está beneficiando agricultores dos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe (Nordeste), Minas Gerais e Espírito Santo (Sudeste).

Realizado pela Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead) e seus parceiros, em sua essência, o D. Helder Câmara é um programa de ações referenciais de combate à pobreza e apoio ao desenvolvimento rural sustentável no Semiárido, embasado no conceito de convivência, e articulado às dimensões sócio-políticas, ambientais, culturais, econômicas e tecnológicas, e por processos participativos de planejamento, gestão e controle social.

A Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) é parceira da Sead na execução do projeto, e coordena as ações do eixo assistência técnica e extensão rural (Ater). Somente para este eixo, o investimento é de cerca de R$ 410 milhões, recursos do governo federal repassados à Anater através da Sead, com execução das ações até abril de 2020. 

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O secretário especial da Sead, Jefferson Coriteac, destaca a importância da política pública para os agricultores. “A assistência técnica e extensão rural proporcionam todo o amparo e a assessoria que o agricultor familiar precisa. Como, por exemplo, saber se o solo está com qualidade necessária para o plantio, se a maneira que está sendo feito o manejo está adequada e se a comercialização está sendo feita da melhor forma. Estudos mostram que após a assistência técnica, a produção dos agricultores aumenta em 3 a 4 vezes.”

Histórico do PHDC
De acordo com documento do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), a primeira etapa do programa D. Helder Câmara foi realizada de 2000 a 2010, a partir de um acordo de Empréstimo Internacional firmado entre a República Federativa do Brasil e o FIDA, e de uma doação do Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF), com a proposta de articulação e diálogo sobre políticas para reduzir a pobreza e a desigualdade no semiárido do Nordeste do Brasil.

Segundo o documento, a meta do projeto foi o melhoramento sustentável das condições sociais e econômicas de 15.000 famílias de assentamentos federais de Reforma Agrária, e agricultores familiares vizinhos, no Semiárido do Nordeste, mais especificamente, nos estados do Ceará, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Sergipe e Piauí, com a devida consideração de igualdade de gênero, das pessoas idosas e das minorias.

O PDHC se dividiu em três fases, sendo uma fase introdutória (2000 a 2002), uma fase de decolagem (2003 a 2005), e uma fase de plena implementação (2005 a 2010). O projeto atendeu mais de 15.000 famílias, correspondendo a 100% do alvo projetado, atuando com 346 associações em 336 assentamentos de Reforma Agrária e comunidades localizadas em 77 municípios de oito territórios dos seis estados contemplados.

Jerúsia Arruda
Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater)
Assessoria de Comunicação
Contatos: (61) 2020-0905 / 99241-3607 - ascom@anater.org

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