sábado, 14 de outubro de 2017

Serviços ambientais dentro e fora das propriedades agrícolas



Os gestores de terras ou regiões e os decisores políticos necessitam de medidas quantitativas em longo prazo dos níveis de rendimento e dos benefícios dos serviços ecossistêmicos, para subsidiar a tomada de decisões mais adequadas visando minimizar os impactos ambientais provocados pelo modelo de agricultura predominante.
Os benefícios de um sistema agroecológico podem não se manifestar muito rapidamente, enquanto que as práticas agrícolas intensivas mais tradicionais podem ser produtivas no curto prazo, mas prejudiciais no longo prazo, como fertilizantes que aumentam imediatamente a disponibilidade de nitrogênio para as culturas, mas não contribuem para a melhoria do solo.

Para os agricultores, é fácil de entender e lucrar com os serviços do ecossistema no local, como controle de pragas e doenças nos cultivos, polinização, melhoria da fertilidade do solo e controle de plantas espontâneas.
No futuro, será importante reconhecer o papel que os agricultores desempenham na prestação de serviços ambientais essenciais, que beneficiam os usuários locais e regionais, além das fronteiras agrícolas.
Estes “benefícios fora das propriedades agrícolas” dão suporte bens públicos mais amplos, incluindo o aumento da biodiversidade e provisão de habitats para animais, sequestro e estoque de carbono, controle de erosão, regulação do fluxo de água e purificação de água.
 Imagem relacionada
Assim, são necessárias análises críticas sobre as metodologias de análises econômicas utilizadas atualmente, pois a maioria não contempla a multifuncionalidade dos sistemas agrícolas. Se os agricultores forem “reconhecidos e remunerados” apenas pelo rendimento das culturas agrícolas, então há um desencorajamento para que continuem investindo na agroecologia.
Uma maior pressão pública para reduzir os danos ambientais da agricultura pode ajudar a promover o apoio político para os sistemas de certificação agroecológica, que contemplem pagamentos por serviços ecossistêmicos ou incentivos governamentais para a gestão agrícola que aumente a prestação de serviços ecossistêmicos.

A intensificação agroecológica, quando adequadamente quantificada e aplicada, pode melhorar o rendimento dos agricultores, fortalecer os serviços ecossistêmicos que beneficiam dentro e fora das propriedades agrícolas, ou seja, à toda a sociedade.
Esta medida poderia ser uma maneira de começar atender de forma especial as crescentes necessidades de produção de alimentos para a nossa população em expansão, sem impactar negativamente o meio ambiente.
Uma postura importante nesse processo, é reconhecer e apoiar os conhecimentos tradicionais, construídos, aprimorados e passados de geração a geração, envolvendo povos indígenas, entre outras populações tradicionais, por exemplo. 

Fonte: Site do Milton Padovan. Confira a matéria na íntegra, acessando o link > http://www.miltonpadovan.com.br/2017/07/17/servicos-ambientais-dentro-e-fora-das-propriedades-agricolas/

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

IMPORTÂNCIA DA AGROECOLOGIA PARA O PRESENTE E O FUTURO

Como ciência, a agroecologia integra o conhecimento tradicional, cultural e os avanços na ecologia, agronomia, entre mais algumas ciências, e fornece ferramentas para sistemas com base nas interações da biodiversidade, melhorando a qualidade do solo e o equilíbrio biológico, contribuindo para a viabilização de melhores produtividades de cultivos e criações, favorecendo a segurança alimentar das famílias agricultoras, sem a necessidade de pacotes tecnológicos, incluindo-se insumos externos.

Os princípios da agroecologia podem ser aplicados a qualquer atividade, em pequena e grande escala, utilizando tecnologias, práticas e processos condizentes com as condições culturais, sociais e ambientais de cada lugar, região e comunidade.
Para que estas formas sejam relevantes, deve haver, prioritariamente, um processo participativo em que os agricultores e pesquisadores geram conhecimentos e desenvolvam seus próprios sistemas de produção. 

 Imagem relacionada
A Agroecologia fornece as bases para uma nova agricultura, fortalecendo a biodiversidade e utilização de energia solar, por exemplo, mitigando os efeitos nefastos das mudanças climáticas, facilitando, também, o desenvolvimento de sistemas agroalimentares locais.
A agricultura de base agroecológica tem o potencial de criar arranjos ou sistemas que podem contribuir para minimizar a fome mundial e garantir a soberania alimentar nas diferentes regiões, além disso, beneficia a economia local através da venda direta dos produtos entre produtores e consumidores, favorecendo ciclos práticos para sistemas alimentares locais mais justos. 

Fonte: Site do Milton Padovan. Confira a matéria na íntegra acessando o link > http://www.miltonpadovan.com.br/2017/07/17/importancia-da-agroecologia-para-o-presente-e-o-futuro/

domingo, 8 de outubro de 2017

Audiência pelo Projeto de Integração do Rio São Francisco foi um grande passo na luta pela Segurança Hídrica



Na última sexta-feira (6) aconteceu a audiência pública de Apodi -RN através de um requerimento da Senadora Fátima Bezerra que preside a Comissão de Desenvolvimento Regional do Senado. O evento foi realizado em articulação com prefeituras, câmaras, sindicatos, ONG, OAB, UERN e outras organizações do oeste que estão no fórum oeste pela água e o fórum das águas que se uniram para defenderem a segurança hídrica da região com ações como a chegada da água do Projeto de Integração do Rio São Francisco.




O engenheiro Caramurú Paiva, assessor da Senadora e que também participa do Fórum Oeste Pelas águas esteve junto da equipe de organização do evento e avaliou os motivos do sucesso do evento.
"O problema da crise hídrica é grave e preocupa a todos. Por outro lado o potencial social do oeste é grande e isso está sendo convertido na cobrança do Estado e da classe política para anteciparem o problema. Apodi foi mais um recado e as movimentações devem se intensificarem", analisou Caramurú Paiva.

sábado, 7 de outubro de 2017

Projeto de agroecologia é apresentado em universidade do RN

A sustentabilidade é algo que deve ser buscada em todos os espaços e uma forma de ajudar a propagar esse conceito é mostrando o quanto ela é viável. Nesta quarta-feira (5), um projeto de agroecologia para agricultores familiares, financiado pela Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), foi apresentado em uma mesa-redonda da XVII Semana Universitária da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), no Campus do município Pau do Ferros. A apresentação contou com a participação de coordenadores do projeto e de agricultores beneficiados. 

Considerada uma experiência de sucesso, o trabalho prestou serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) para melhorar os sistemas de produções das famílias e, ainda, inseriu a coleta seletiva como uma atividade de renda alternativa em algumas comunidades. O investimento destinado à ação pela Sead é de R$4 milhões para três anos de acompanhamento.

 
O coordenador-geral de Fomento à Ater da Sead, Ricardo Dutra Reis, explica que o projeto faz parte de uma chamada pública de Ater Agroecológica que atendeu os municípios de Alto do Rodrigues; Apodi; Areia Branca; Assu; Augusto Severo; Baraúna; Carnaubais; Felipe Guerra; Governador Dix-Sept Rosado; Grossos; Mossoró; Pendências; Serra do Mel; São Rafael; Tibau e Upanema. A ação é coordenada na região pela Organização Sertão Verde. “São 800 famílias de agricultores contempladas pelas ações de Ater, que têm como principal objetivo a consolidação e ampliação de processos de promoção da agroecologia existentes nos municípios do lote”, reforça Reis.

Segundo o coordenador de Ater Agroecologia da Sertão Verde, Leonardo Freitas, o evento tem por objetivo estimular um debate entre a comunidade acadêmica, profissionais de Ater, ONGs e sindicatos, sobre os impactos que a transição agroecológica pode levar aos beneficiados. “Esse modelo potencializa as famílias e proporciona aos agricultores melhores condições para que possam viver com dignidade no meio rural, principalmente nos períodos de seca. Há cinco anos não temos chuvas regulares no Rio Grande do Norte, no entanto, as famílias atendidas têm uma capacidade de resiliência muito grande, sem que haja esvaziamento do campo”, comenta Freitas.

Ingrid Castilho
Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário
Assessoria de Comunicação

Sementes crioulas: verdadeiros patrimônios genéticos

Agricultoras e agricultores familiares de todo Brasil contribuem de diversas maneiras para a preservação da agrobiodiversidade. Uma das prin...