A comercialização é a parte mais importante para quem produz
alimentos. Ter mercado certo significa renda garantida para a família e a
continuação do trabalho rural. Pensando nisso, o segundo Plano Nacional de
Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo) contempla ações que fortalecem a
comercialização dos produtos orgânicos, de base agroecológica e da
sociobiodiversidade nos mercados locais, regionais, nacional, internacional e
nas compras públicas.
Segundo o secretário substituto da Agricultura Familiar
(SAF/Sead), Everton Ferreira, a produção sustentável e sem o uso de defensivos
químicos, conhecidos como agrotóxicos, tem sido uma das demandas de consumo em
todo mundo. “A agricultura familiar tem mostrado que é possível produzir
alimentos orgânicos e de base agroecológica em condições de qualidade e de
competitividade. À medida que o governo amplia as possibilidades de
comercialização desses produtores, eles passam a vender melhor a sua produção e
deixam de depender de atravessadores, por exemplo”, explicou.
Umas das ações do plano é garantir, até 2019, pelo menos 5%
dos recursos aplicados anualmente no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)
para a compra desses alimentos. “Os programas de comercialização são canais de
escoamento para que os agricultores familiares possam distribuir seus produtos
e ter melhores rendas e condições de produção”, ressaltou o secretário.
Ecoforte e Planapo
Desde 2014, foram publicados três editais do Ecoforte no
âmbito do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo). O
primeiro, em 2014, contou com R$ 40 milhões para viabilizar projetos de 28
redes. O segundo, com recursos do Fundo Amazônia, no valor de R$ 4 milhões,
beneficiou 10 empreendimentos extrativistas. O último edital, no valor de R$ 8
milhões, ainda em fase de seleção, também é voltado para organizações
extrativistas.
Segundo a assessora sênior da Fundação Banco do Brasil
(FBB), Mariana Oliveira, o objetivo do programa é fortalecer e disseminar a
produção sustentável de alimentos. “O Ecoforte é um programa de fortalecimento
de redes e um dos nossos vetores de atuação é a agroecologia. Foi por isso que
a gente aderiu ao Planapo. Quando você atua em redes, você fica mais forte.
Cada instituição vinculada à outra fortalece, ainda mais, a pauta da
agroecologia e da produção orgânica”, destacou.
A expectativa é que até o fim deste ano seja publicado mais
um edital do programa voltado para redes agroecológicas no valor de R$ 20
milhões (R$ 10 milhões do BNDES e R$ 10 milhões da FBB), além de recursos do
Fundo Amazônia.
Ministério do Desenvolvimento Agrário - MDA
Confira a matéria na integra; Link: http://www.mda.gov.br/sitemda/noticias/alimentos-cada-vez-mais-saud%C3%A1veis-na-mesa-dos-brasileiros