sábado, 7 de outubro de 2017

Projeto de agroecologia é apresentado em universidade do RN

A sustentabilidade é algo que deve ser buscada em todos os espaços e uma forma de ajudar a propagar esse conceito é mostrando o quanto ela é viável. Nesta quarta-feira (5), um projeto de agroecologia para agricultores familiares, financiado pela Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), foi apresentado em uma mesa-redonda da XVII Semana Universitária da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), no Campus do município Pau do Ferros. A apresentação contou com a participação de coordenadores do projeto e de agricultores beneficiados. 

Considerada uma experiência de sucesso, o trabalho prestou serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) para melhorar os sistemas de produções das famílias e, ainda, inseriu a coleta seletiva como uma atividade de renda alternativa em algumas comunidades. O investimento destinado à ação pela Sead é de R$4 milhões para três anos de acompanhamento.

 
O coordenador-geral de Fomento à Ater da Sead, Ricardo Dutra Reis, explica que o projeto faz parte de uma chamada pública de Ater Agroecológica que atendeu os municípios de Alto do Rodrigues; Apodi; Areia Branca; Assu; Augusto Severo; Baraúna; Carnaubais; Felipe Guerra; Governador Dix-Sept Rosado; Grossos; Mossoró; Pendências; Serra do Mel; São Rafael; Tibau e Upanema. A ação é coordenada na região pela Organização Sertão Verde. “São 800 famílias de agricultores contempladas pelas ações de Ater, que têm como principal objetivo a consolidação e ampliação de processos de promoção da agroecologia existentes nos municípios do lote”, reforça Reis.

Segundo o coordenador de Ater Agroecologia da Sertão Verde, Leonardo Freitas, o evento tem por objetivo estimular um debate entre a comunidade acadêmica, profissionais de Ater, ONGs e sindicatos, sobre os impactos que a transição agroecológica pode levar aos beneficiados. “Esse modelo potencializa as famílias e proporciona aos agricultores melhores condições para que possam viver com dignidade no meio rural, principalmente nos períodos de seca. Há cinco anos não temos chuvas regulares no Rio Grande do Norte, no entanto, as famílias atendidas têm uma capacidade de resiliência muito grande, sem que haja esvaziamento do campo”, comenta Freitas.

Ingrid Castilho
Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário
Assessoria de Comunicação

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sementes crioulas: verdadeiros patrimônios genéticos

Agricultoras e agricultores familiares de todo Brasil contribuem de diversas maneiras para a preservação da agrobiodiversidade. Uma das prin...