Já imaginou como pode ser positivo
otimizar o uso da água em áreas semiáridas do Nordeste brasileiro?
Marcada por longos períodos de estiagem, a região tem muito a ganhar com
tecnologias de reuso de água.
Além de ofertar água para a agricultura,
incrementando a produção de hortaliças e frutas, por exemplo, a prática
evita que resíduos poluentes cheguem ao meio ambiente, ajudando na
conservação da Caatinga.
As tecnologias de reuso de água
viabilizam a reutilização da chamada água servida ou cinza, aquela que
utilizamos para tomar banho, lavar roupa ou limpar a casa. Isso acontece
porque elas filtram resíduos químicos e outros dejetos e conduzem a
água, já filtrada, por meio de uma bomba d’água, até uma caixa elevada,
de onde ela é distribuída por irrigação de gotejamento.
No Semiárido nordestino, é possível
encontrar diferentes experiências de reuso de água. Algumas delas podem
ser conferidas na publicação Mulheres Rurais e o reúso de água – uma experiência no Cariri Ocidental paraibano, produzida pela Cunhã Coletivo Feminista, em parceria com o Programa Semear.
O registro tem como foco a
sistematização da experiência de instalação de três unidades
experimentadoras de sistemas de reuso de água servida. Participaram da
iniciativa duas comunidades rurais e um assentamento de reforma agrária
nos municípios de Monteiro, Congo e Prata, no Semiárido da Paraíba. A
escolha da tecnologia foi das famílias participantes.
Chama a atenção a metodologia
participativa que orientou a disseminação de conhecimentos sobre o reuso
de água e as instalações, envolvendo, principalmente, mulheres. É comum
que elas participem de atividades rotineiras que demandam água, seja
para uso doméstico ou para o cuidado de hortaliças e canteiros.
Outra experiência pode ser encontrada no
território do Apodi, no Semiárido potiguar, onde estão sendo
implementados 200 Sistemas de Bioágua Familiar.
No Assentamento Morada Nova, em
Caraúbas, as famílias participantes podem ver resultados em suas
propriedades: a área de fruteiras e hortaliças já conta com a irrigação
por gotejamento, a partir da água filtrada pelo sistema de reuso. São
beneficiadas 31 espécies de plantas cultivadas no espaço.
Uma das estratégias adotadas para a
disseminação da tecnologia na região tem sido o envolvimento das
famílias agricultoras, com destaque para os jovens. A capacitação e a
construção do conhecimento têm sido parte fundamental do processo,
orientado pela metodologia do aprender fazendo.
A execução dessa iniciativa se dá em
virtude de uma conjunção de forças, envolvendo a Organização Atos,
proponente da ação, e o patrocínio da Petrobras, por meio do Programa
Petrobras Socioambiental. Os parceiros são o Projeto Dom Helder Câmara
(PDHC)/Ministério do Desenvolvimento Agrário/ Fundo Internacional de
Desenvolvimento Agrícola (FIDA)/ GEF; a Universidade Federal Rural do
Semiárido (UFERSA); e as escolas públicas e associações comunitárias da
região.
Para conhecer essa experiência de forma detalhada, a dica é acessar a Plataforma Talentos do Semiárido, que traz também histórias de pessoas que contribuem para fortalecê-la.
FONTE: Núcleo de Comunicação do Programa Semear - Confira a matéria na íntegra, acessando o link >>> http://www.portalsemear.org.br/noticias/mais-agua-para-produzir-no-semiarido-reuso-de-agua-seus-caminho-se-beneficios-para-familias-camponesas/
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