Soma de inovação e tradição em prol do meio ambiente, de
relações justas no trabalho e de qualidade de vida para todos, a produção de alimentos orgânicos no Brasil
tem tudo para colher ótimos resultados em 2017. Segundo levantamento feito pela
Coordenação de Agroecologia (Coagre) da Secretaria de Desenvolvimento
Agropecuário e Cooperativismo (SDC), vinculada ao Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa), a área de produção orgânica no país pode
ultrapassar os 750 mil hectares registrados em 2016, impulsionada,
principalmente, pela agricultura familiar.
Segundo a Coagre, houve um salto de 6.700 mil unidades (2013)
para aproximadamente 15.700 (2016). Ou seja, em apenas três anos, foi
registrado mais do que o dobro de crescimento deste tipo de plantio em solo
brasileiro. No ranking das regiões que mais produzem alimentos orgânicos, o
Sudeste fica em primeiro lugar, totalizando 333 mil hectares e 2.729 registros
de produtores no Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos (CNPO). Na
sequência, as regiões Norte (158 mil hectares), Nordeste (118,4 mil),
Centro-Oeste (101,8 mil) e Sul (37,6 mil).
Hoje, cerca de 75% dos produtores cadastrados no CNPO são
agricultores familiares. “Interessante notar que o número de unidades de
produção é cada vez maior e está se espalhando por quase todas as regiões do
Brasil, o que indica que os agricultores familiares reconhecem na agroecologia
e na produção orgânica uma maneira de comercializar alimentos, com valor
agregado, e que, ao mesmo tempo, são produzidos sem o uso de insumos
agroquímicos, constituindo uma opção mais segura para o agricultor, para o
consumidor e para o meio ambiente”, analisa Sylvia Wachsner, coordenadora do
Centro de Inteligência em Orgânicos (CI Orgânicos), mantido pela Sociedade
Nacional de Agricultura (SNA).
Responsável pelo incremento do número de agricultores
familiares voltados para a produção orgânica, o Plano Nacional de Agroecologia
e Produção Orgânica (Planapo) tem com objetivo fortalecer a produção agrícola
de base agroecológica e orgânica, além de ampliar a oferta e o consumo de
alimentos saudáveis, apoiar o uso sustentável dos recursos naturais e disseminar
o conhecimento em agroecologia, de forma a promover a melhoria da qualidade de
vida da população brasileira do campo e das cidades.
Para isso, o Plano previu a implementação de amplo conjunto
de iniciativas, programas e projetos de apoio à transição agroecológica e à
produção orgânica no país, executado por cerca de 15 instituições públicas
federais. “O primeiro PLANAPO, de 2013 a 2015, contribuiu para o crescimento da
produção de orgânicos. No segundo PLANAPO, que vai até 2019, pelo menos mais oito
mil agricultores familiares devem se cadastrar por meio de projetos apoiados
pela Sead”, destaca Suiá Kafure da Rocha, especialista em Políticas Públicas e
Gestão Governamental.
Planapo
A Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica
(Pnapo) foi lançada pelo Governo Federal, com a edição do decreto 7.794, de 20
de agosto de 2012, como importante passo para a ampliação e efetivação de ações
de promoção do desenvolvimento rural sustentável. Um dos principais
instrumentos desta política é o Plano Nacional de Agroecologia e Produção
Orgânica (Planapo), também conhecido como Brasil Agroecológico.
Maria Júlia Lledó
Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do
Desenvolvimento Agrário
Assessoria de Comunicação
Contatos: (61) 2020-0128 / 0127 e imprensa@mda.gov.br
FONTE: Site do MDA - Ministério do Desenvolvimento Agrário. Confira a matéria na íntegra, acessando o link >>> http://www.mda.gov.br/sitemda/noticias/mais-org%C3%A2nicos-na-mesa-do-brasileiro-em-2017
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