quinta-feira, 6 de outubro de 2016

ORGÂNICOS: Menos veneno, mais saúde



Alimento orgânico é bom não só para quem compra, mas também para quem vende. Anaíldo Porfírio da Silva é prova disso. O presidente da Associação dos Trabalhadores Rurais da Agricultura Familiar do Assentamento Chapadinha (Astraf), no Distrito Federal, trabalha com 44 famílias que buscam levar mais saúde para dentro e fora das lavouras. E o momento de transição do sistema convencional para o orgânico tem dado certo: hoje, mais da metade dessas famílias já produzem alimentos livres de agrotóxicos.  

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De acordo com dados do Governo Federal, só no ano passado, mais de 11 mil agricultores estavam no Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos, sendo que mais de 80% eram agricultores familiares certificados. “O mercado de orgânicos é um mercado promissor. Ele tem crescido muito e a gente vê que os consumidores estão preocupados com isso, estão aderindo. E tem ainda a interação do consumidor com o agricultor, de saber de onde vem o alimento. Muita gente quer saber como produz e quer ir lá ver, é uma experiência muito importante”, relata Anaíldo, que também está no cadastro.

Alimentação escolar

Por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), a Astraf também começou a fornecer alimentos, tais como, acelga, alface, batata doce, beterraba, cebola, cenoura, couve, mandioca, maxixe, pepino, pimentão, repolhos branco e roxo e tomate para a alimentação escolar dos estudantes do Instituto Federal de Brasília (IFB). Em média, são vendidos 400 quilos de alimentos por semana.

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Mercado
 
Até o final de 2016, a estimativa é que o mercado nacional de orgânicos movimente R$ 2,5 bilhões, segundo o Projeto Organics Brasil, desenvolvido pelo Instituto de Promoção do Desenvolvimento em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex).

Outra iniciativa que movimenta o setor é a Biofach, a maior feira de orgânicos e agroecológicos do mundo, realizada na Alemanha. Para a edição de 2017, serão selecionados 13 empreendimentos da agricultura familiar que produzem orgânicos.


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“Nessas feiras internacionais, há um fluxo muito grande de compradores e nichos de mercado para produtos que agregam valor. É uma vitrine importante para os produtos orgânicos, agroecológicos e da biodiversidade produzidos pela nossa agricultura familiar. Na edição passada, os acordos firmados foram na ordem de 15 milhões de dólares. Em 2017, isso deve aumentar, porque ficamos mais conhecidos. Muitas negociações se iniciam na feira e são fechados depois”, comenta o chefe da Assessoria Internacional e de Promoção Comercial da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário, Hur Ben Corrêa da Silva.

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O Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo) é uma iniciativa que busca fortalecer e ampliar os sistemas de produção orgânicos e de base agroecológica. O Plano entra em seu segundo ciclo com 194 iniciativas e 30 metas para promover a soberania e segurança alimentar e nutricional, o uso sustentável dos recursos naturais e a conservação dos ecossistemas naturais, entre outros.

Informações via site do MDA - Ministério do Desenvolvimento Agrário. Confira a matéria na íntegra - Link:  http://www.mda.gov.br/sitemda/noticias/menos-veneno-mais-sa%C3%BAde

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