O valor das operações do Programa
Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) atingiu R$
22,7 bilhões na Safra 2016-2017, o que representa um crescimento de 3,4%
em comparação com a safra anterior. O secretário José Ricardo Roseno,
da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento
Agrário (Sead), considera tal desempenho bastante significativo,
principalmente considerando a conjuntura econômica nos últimos 12 meses.
Para se ter uma ideia, no mesmo período de comparação, o crédito rural
como um todo teve um decréscimo de 2,7%.
“O
Pronaf é uma política fundamental para o agricultor familiar se
desenvolver no campo. Sem crédito para investir, muitos deles não chegam
a plantar e os reflexos são sentidos em toda a cadeia da economia
brasileira, já que a agricultura familiar é um dos segmentos que mais
têm ajudado a controlar a inflação. O balanço positivo da safra que
terminou agora mostra que o programa tem aumentado a capacidade
produtiva, a geração de renda, bem como a qualidade de vida dessas
pessoas”, avalia Roseno.
A análise do
último mês da safra mostra que o desempenho do Pronaf teve um
crescimento de 6,65% no valor das operações, comparando junho de 2017
com junho de 2016. No entanto, é importante destacar que algumas
mudanças metodológicas na forma do registro das operações no Sistema
Sicor do Banco Central que foram recentemente implementadas dificultam
uma análise do desempenho das rubricas internas do Programa na última
safra.
José Carlos Zukowski, diretor
substituto do Departamento de Financiamento e Proteção da Produção da
Sead, explica que foram criadas as rubricas Comercialização e
Industrialização, mediante remanejamento de operações de outras
rubricas. “Isso impacta negativamente o Custeio, cujos dados não podem
ser diretamente comparados para apurar o crescimento da Safra 2015-16
para a Safra 2016-17”, analisa. Além disso, Zukowski explica que recria e
engorda na pecuária foram remanejados do Investimento para o Custeio.
“Isso impacta negativamente o investimento pecuário e, como o montante
desse remanejamento não está disponível, não é possível apurar o
crescimento nessas rubricas”, diz o diretor.
Os
dados do Investimento agrícola não foram afetados por essas mudanças
metodológicas e nessa área o crescimento foi de 2,05%. Zukowski explica
que no Custeio os números do Sicor apresentam um crescimento de 9,53%.
“Mas se compensadas as mudanças na metodologia, o crescimento é maior”,
diz.
Destaques nas regiões
A
região Sul do país responde por 54,9% do valor das operações do Pronaf
na Safra 2016-17, superando R$ 12,5 bilhões. Já em termos de quantidade
de contratos, na região Nordeste está a maioria dos empreendimentos
financiados, com mais de 835 mil operações, correspondendo a 52,45% do
total. No entanto, vale esclarecer que os dados do Sicor informam o
número de empreendimentos financiados, podendo haver casos em que dentro
de um mesmo contrato de crédito se tenha duas ou mais sub-operações,
uma para cada empreendimento. Ou seja, o Sicor informa o dado mais
detalhado.
Para José Carlos Zukowski,
esses números refletem a realidade da agricultura em cada região. Ele
explica que, na região Sul, as cadeias produtivas estão mais
estruturadas, o clima é mais favorável e a agricultura familiar está
mais organizada, resultando em um grande volume de produção
agropecuária, que se reflete no valor do crédito rural. Já na região
Nordeste, as condições climáticas são menos favoráveis, mas há um grande
número de pequenos agricultores e o microcrédito do Pronaf Grupo B
alcança centenas de milhares de famílias.
Fonte: Site do MDA - Ministério do Desenvolvimento Agrário. Confira a matéria completa na íntegra, acessando o link >>> http://www.mda.gov.br/sitemda/noticias/opera%C3%A7%C3%B5es-do-pronaf-superam-r-22-bilh%C3%B5es-na-safra-2016-17
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