quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Programa Nacional de Sementes e Mudas para Agricultura Familiar (PNSMAF) - Saiba Mais!



Fortalecer a agricultura familiar, dar soberania ao produtor, oferecer assistência técnica qualificada e criar núcleos de pesquisas agronômicas. O Programa Nacional de Sementes e Mudas para Agricultura Familiar (PNSMAF) da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead) apoia a formação de bancos de sementes crioulas e cultivares (sementes comerciais) produzidas por agricultores familiares com único objetivo: garantir, a longo prazo, a autonomia dos trabalhadores rurais. Por meio de convênios, o governo quer incentivar projetos que valorizem a agricultura familiar e a produção de sementes de forma autônoma. 

A Bahia será o primeiro estado a receber o programa, a partir de 2017.

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Mais do que uma forma de otimizar a agricultura familiar, o Programa Nacional de Sementes e Mudas chega para preencher uma lacuna deixada nas políticas públicas voltadas para o trabalhador da terra, seja na esfera federal, estadual ou municipal. Hoje, a distribuição de sementes funciona da seguinte forma: os estados compram sementes e mudas por meio de licitações e distribuem aos agricultores. Há políticas estaduais e federais, principalmente nos nove estados do semiárido brasileiro, com diferenças operacionais específicas de estado para estado. “A ideia não é tirar o apoio governamental dado pelos estados até então, mas transformar a ajuda em opção, e não mais em necessidade. O objetivo é que, no futuro, o agricultor familiar possa produzir sua própria semente”, explica o analista técnico de Políticas Sociais da Sead, Fernando Letti.

O Programa Nacional de Sementes e Mudas para Agricultura Familiar foi lançado em 21 de dezembro de 2015, em uma parceria do antigo Ministério do Desenvolvimento Agrário, hoje Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), e o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA). O objetivo é ampliar o acesso dos agricultores familiares às sementes e mudas de qualidade e adaptadas ao território, para fortalecer sistemas agroalimentares de base agroecológica. Tudo por meio de apoio a programas e ações destinadas à produção, melhoramento, resgate, conservação, multiplicação e distribuição desses materiais propagativos.

Quando se produz uma semente ou uma muda adaptada ao território em que será plantada, o risco de aquela safra não dar certo é menor. Com o programa, não vai haver mais, se for de interesse do agricultor familiar, a necessidade de receber as sementes do estado, que muitas vezes traz de outra unidade da federação, com condições climáticas e territoriais diferentes do onde ela será produzida. “Teremos também o resgate desse material da semente crioula. Uma garantia de soberania e de segurança alimentar. Ele come planta na época certa e não tem mais que esperar receber a doação de sementes de outro lugar. Mantém a biodiversidade, atende o lado social, econômico e ambiental”, justifica o engenheiro agrônomo da Sead, Henrique Faria de Abreu e Silva. Cada estado que participar do programa terá uma meta diferente. O objetivo é que cada um monte seu projeto, com orientação e acompanhamento da Sead, de acordo com as necessidades específicas de cada território.

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SAIBA MAIS

O que é um banco de sementes?

Um banco de sementes é a forma de se armazenar sementes que posteriormente serão plantadas, quando necessário. Como uma espécie de poupança de sementes. O agricultor planta, guarda e usa no momento oportuno. O ciclo é contínuo, tanto de depósito quanto de uso. Existe um guardião do banco, que pode ser uma pessoa, um grupo de associados ou uma empresa, e é essa figura que faz a gestão do fluxo do banco. Na maioria deles, o agricultor devolve duas vezes a quantidade de sementes retiradas. Um banco de sementes serve como garantia para os produtores rurais, pois mesmo os melhores exemplares podem sofrer com problemas climáticos, como a falta ou o excesso de chuva. Caso uma safra seja prejudicada, os agricultores podem contar com as sementes estocadas para recuperar a produção.

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Sementes Crioulas

Por denominação, as sementes crioulas são variedades que foram selecionadas ao longo do tempo por agricultores familiares, assentados da reforma agrária, quilombolas ou indígenas, com características bem determinadas e reconhecidas pelas respectivas comunidades. A grande vantagem das sementes crioulas é que elas podem ser replantadas não perdendo suas características.

Informações via site do MDA - Ministério do Desenvolvimento Agrário. Confira a matéria na íntegra, acessando link >>>  http://www.mda.gov.br/sitemda/noticias/programa-de-sementes-e-mudas-fortalece-agricultura-familiar

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